sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Eu, eu mesma e Debora

Eu preciso escrever aqui algo em que sempre me pego pensando ... Sobre conviver, sobre convivência.
Bem, eu durante anos sofri muito na dependência de ter algum ser comigo, não estou falando de namorado ou coisa assim, estou falando da total falta de habilidade em estar só, ficar só.. nem que seja por poucos momentos. Ligava freneticamente para meus amigos, ia a casa deles, via eles TODOS os dias, mesmo que namorasse alguém, quando não estava com o namorado eu não podia estar sozinha.
Mas, como sempre, o tempo passa, muita coisa acontece, muda ... muitas pessoas me falam que eu amadureci, cresci, etc ... acho até que é verdade, já relatei aqui mesmo que sinto inúmeras mudanças em mim... Mas na verdade acho que o maior passo que eu dei foi superar isso, essa dependência social, eu aos poucos fui entendendo que é assim mesmo, "todo ser humano nasce só e morre só..." já diria Donnie Darko, claro que essa frase se for levada ao pé da letra é muito triste, mas na vida da gente a coisa ruma por caminhos onde muitas vezes para podermos realmente ir em frente, só cabe um no carreiro, lógico em carreiros paralelos terão pessoas boas, amigas e importantes na nossa vida a ponto de sempre estarmos olhando por elas, no caminho delas, mas ... mas ... " o caminho é um só..."
Hoje sou casada, sempre estou com meu marido, somos como um só ... porém sabemos que temos muitas pessoas em nossas vidas, preciso delas, as amo de coração ... mas mesmo sendo casada, mesmo amando as pessoas que seguem comigo, que estão na minha vida ... o caminho é a gente que faz, e sempre, sempre, sempre .. sem nenhuma outra possibilidade a escolha é nossa, única a cada pessoa, só depende da gente ... ninguém nunca deve escolher o caminho por você .. e você não pode por ninguém acima da escolha de seu caminho ... primeiro você escolhe como viver e como seguir vivendo, depois, e só depois, você inclui quem quer que seja, ou qualquer outra coisa ...

Pode parecer egoísmo exagerado, mas não é ... existe uma regra de sobrevivência em sociedade, minha liberdade vai até onde começa a tua ... eu escolho por onde seguir, pensando sempre no meu melhor em primeiro lugar .. tendo em mente que não posso prejudicar os outros, próximos ou não de mim.

Me gosto mais hoje em dia ... não que eu não sinta tédio, não que não me irrite comigo mesma, não que eu seja narcisista ... não que eu não sinta saudade ... só preciso mais de mim, do que de qualquer outra pessoa viva sobre a terra ... e que todas as outras pessoas são tão importantes, que só me chamo pessoa em sociedade por que elas existem, só me chamo pessoa em família por elas existem, só me chamo mulher casada porque tenho alguém comigo, num caminho paralelo ao meu, seguindo de mãos dadas, para um objetivo comum ...

Um comentário:

  1. lindo texto, amiga. Concordo com cada palavra dita nele...

    ResponderExcluir